No Brasil, estima-se que o número de
catadores de materiais recicláveis seja de aproximadamente 500.000 (quinhentos
mil).
O catador de material reciclável participa como elemento
base de um processo produtivo bastante lucrativo e embora a catação seja tal
como a atividade de vendedor ambulante, realizada informalmente, a partir da
década de 1980, os catadores começaram a se organizar em cooperativas ou
associações, na busca pelo reconhecimento dessa atividade como profissão. Nos
anos de 1990, com o apoio de instituições não governamentais, foram promovidos
encontros e reuniões em vários locais do país com essa finalidade. Novos
parceiros foram incorporados, e o ano de 2001 culminou com a realização do “1º
Congresso Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e a 1ª Marcha da
População de Rua” . Com o fortalecimento dessas manifestações, criou-se o
movimento nacional
de catadores.
Dessa forma, os catadores estão construindo sua história
e demarcando sua área de atuação, conquistando também seu reconhecimento como
categoria profissional, oficializada na CBO – Classificação Brasileira de
Ocupações, no ano de 2002. Nessa classificação, os catadores de lixo são
registrados pelo número 5192-05 e sua ocupação é descrita como catador de
material reciclável. Segundo a descrição sumária de suas atividades na CBO, os
catadores “catam, selecionam e vendem materiais recicláveis como papel, papelão
e vidro, bem como materiais ferrosos e não ferrosos e outros materiais
re-aproveitáveis”.
FONTE: Medeiros, L.F.R.; Macedo, K.B. “Catador de material reciclável: uma profissão para além da sobrevivência?"